Lula e Janja em Paris
![]() |
Lula e a viagem a Paris |
Enquanto o Banco Central Europeu, o BCE, anunciou nessa quinta-feira, dia 5, um novo corte de 0,25% em suas taxas básicas de juros, pela oitava vez seguido, o Brasil se encontra num cipoal de dificuldades para fechar as contas do Governo, que vem apresentando seguidos "déficits primários" ou o dinheiro que falta para cobrir as contas do Governo Federal, sem contar com o pagamento de ao menos parte dos serviços da dívida pública.
O estoque da dívida pública bruta do Brasil, ultrapassa R$ 7 trilhões, pela primeira vez na história do País. A cifra alcançada no mês de outubro de 2024, com o aumento de 14,13% ante o mesmo mês de 2023. Para poder "rolar" suas dívidas, o Tesouro Nacional, paga a taxa básica de juros em 14,75% ao ano, cuja taxa está acima de 10% desde o início de 2022. Enquanto a estimativa de inflação para 2025, pela meta definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3%, com margem de 1,5% para cima ou para baixo. Isto é uma "anomalia" em termo de teoria macroeconômica.
Enquanto isto, o Presidente Lula faz viagem a Paris, para tentar alinhavar o fechamento do Acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, dentro de 6 meses, ainda sob seu comando na Mercosul, ocasião em que passará o bastão para o presidente argentino. O encontro com o presidente Emmanuel Macron, foi a convite do próprio, para buscar aprofundamento do diálogo sobre temas centrais da agenda global e a preparação da COP 30 a ser realizada em novembro, na cidade de Belém. O Presidente Lula esteve presente no encontro com lideranças empresariais de ambos países. Hoje, a França é a terceira maior origem de investimentos diretos no Brasil, com US$ 66,34 bilhões em estoque.
Enquanto isto, o ministro Fernando Haddad "tenta fechar" o Orçamento fiscal de 2025, com "equilíbrio fiscal", lançando mão de tributos como o IOF sobre os investimentos estrangeiros em dólar americano. A reação à proposta de uma nova tributação "pegou mal" no mercado financeiro, estando neste momento em discussão no Congresso Nacional para substituir as receitas com tributações de outra natureza. Por enquanto, não se cogita em "cortar gastos públicos", que seria o caminho natural.
Enquanto o Presidente Lula e sua esposa Janja da Silva, fez recepção ao casal presidencial francês, com um jantar "chiquérrimo" com música cantada pela cantora potiguar Roberta Sá, ao custo de R$ 160 mil, aos cofres públicos, segundo a grande imprensa, para satisfazer ao capricho da primeira dama Janja da Silva. Para um país que deve R$ 9 trilhões e com pesada carga tributária imposta à população, a festança em Paris mostra quão "suburbano" é o casal presidencial brasileiro.
Ossami Sakamori
Comentários
Postar um comentário