Brasil, um circo mambembe!
No meio de conflito entre Israel e Irã, com envolvimento direto das Forças Armadas americana a favor do Israel e contra o Irã, este último país, uma ditadura islâmica, que domina o país desde 1979 e conflito entre Ucrânia e Rússia, em andamento, Brasil faz "opção equivocada", pendendo para o lado dos países autocráticos ou precisamente dominados pelas ditaduras militares ou religiosas. O Brasil afasta-se dos amigos americanos para associar-se ao amigos chineses.
Essa situação era tudo que queria, um grupo de pessoas e políticos da esquerda brasileira, antes da Revolução de 1964. Eu falo com convicção, pois frequentei o ensino superior, de 1964 a 1968. Imagino que o Presidente Lula, que à época era simples operário de uma montadora de veículos em São Bernardo dos Campos, onde foi afastado por ter sofrido "acidente de trabalho", de ter perdido o dedo "mindinho", providencialmente. Desde então, nunca "bateu cartão" numa fábrica.
Infelizmente, o Brasil com 8,5 milhões de km2 e cerca de 205 milhões de habitantes, segundo últimos dados do IBGE, com maior floresta tropical num só país e uma população ordeira e produtiva, apesar da "pecha" de serem "indolentes", num País que já abrigou as principais "montadoras de veículos" do mundo, produzindo cerca de 2,5 milhões de unidades a cada ano, nada desprezível em qualquer parte do mundo, também, colocado na agenda global como um país "emergente". Estamos "emergentes" há algumas décadas e nunca conseguimos sair desta posição. Enquanto isto, o mundo está em constante transformação, sendo a Índia como o mais novo ocupante da economia global, na 4ª posição, ultrapassando o Japão que ocupava a mesma posição, após ser ultrapassado pela Alemanha, na 3ª posição. A China ocupa a posição de 2ª economia global, dentro do mesmo contexto.
O Brasil com a sua potencialidade indicada no preâmbulo, continua como um mero fornecedor de "produtos agropecuários" e "minério de ferro" com pouca ou nenhuma agregação de valores, em forma bruta, competindo com os países como Estados Unidos, Canadá e Austrália. Lembrando que estes últimos países, os setores primários respondem por parcelas menores nos seus PIB ao contrário do Brasil, onde o peso dos produtos primários, "sem agregação de valores", é de fundamental importância para a sua própria sobrevivência.
O diagnóstico desta situação de "atraso" é de fácil compreensão. O Brasil exporta matérias primas e importa os produtos industrializados. Não há no Brasil, uma "política econômica" que oriente cada setor produtivo do País e muito menos uma "política fiscal" que discipline os gastos do Governo federal. O governo do Presidente Lula mal consegue gerar o "superávit primário" para, ao menos, pagar os juros da dívida do Tesouro Nacional, leia-se Governo federal.
Eu, com oito décadas de experiência de vida e com muitos anos de janela, observando, como o mundo global está avançando e sobretudo, acompanhando, a trajetória da "economia brasileira", entre crescimento e estagnação, sendo que o maior obstáculo para inserção do Brasil no cenário político/ econômico global, são os próprios "governos de plantões", de todas matizes ideológicas, de "esquerda" à "direita". Falta "espírito público" para os políticos brasileiros para o Brasil voltar a ser um "protagonista" importante na economia global. Infelizmente, os políticos brasileiros, só enxergam os seus próprios "umbigos", preocupando-se apenas com os seus próprios futuros políticos, tal qual um "palhaço" do circo que se preocupa em desviar atenção do seu público.
Enfim, o Brasil é um verdadeiro circo mambembe!
Ossami Sakamori
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