Fazenda intervém no mercado de dólares

 


Na matéria de ontem, comentei o que os investidores estrangeiros e empresários brasileiros influentes, com escritórios de representação na "Avenida Faria Lima", considerado o centro financeiro do País, pensam sobre a economia do País.  Os investidores nacionais e estrangeiros já trabalham com a possibilidade do Presidente Lula não se reeleger nas eleições do próximo ano.   


             Para quem é leigo, deve estranhar que as principais decisões da "política fiscal" e "política econômica" ou ausência delas passam pelo "crivo" da "Faria Lima", mas, é assim que funciona há décadas.   Por lá, pela Fara Lima, "simbolicamente", passaram nomes importantes como Antônio Ermínio  de Moraes, Mário Garnero, Luís Eulálio Vidigal Bueno e mais recente, o Paulo Skaf e o atual presidente do FIESP, o empresário do ramo de tecelagem, o Josué Gomes da Silva.   Bons foram os tempos em que o empresariado brasileiro influíam na "política econômica" do Governo federal, em interesses do próprio setor produtivo brasileiro.   Hoje, o País está nas mãos do Presidente, analfabeto funcional e "militantes" dos partidos de sustentação do Governo Lula, que dirige o Brasil como se fosse um "sindicato de crime" como nos tempos do lendário Al Capone nos Estados Unidos.    


             O País não possui, infelizmente, uma "política econômica" que oriente o setor produtivo brasileiro, deixando as indústrias e o setor agropecuário à mercê da flutuação do mercado internacional de produtos industrializados e de commodities, como agropecuário e mineração.    É nesse "quadro" que "Faria Lima", hoje dominado pelo "mercado financeiro", representado pelos grupos financeiros brasileiros como BTG Pactual e XP Investimentos, sem contar ainda com as instituições financeiras como Bradesco, Itaú e instituições financeiras estatais como Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste.   São eles que operam e dão liquidez ao sistema financeiro nacional e global.    Porém, o sistema financeiro não é responsável pela "política econômica" do País, muito menos, comprometido com o "desenvolvimento sustentável" do Brasil.   Cabe ao setor público mostrar o "direcionamento" econômico do País.


           Dentro deste contexto, com força demostrada pela Faria Lima, que o ministro Fernando Haddad, quer adotar uma "política monetária" capenga, tentando equilibrar a oferta dólares, taxando a remessa de dólares ao exterior, com o aumento de alíquotas de IOF sobre aplicação de fundos brasileiros no exterior, tentando valorizar o Real, via controle de saída de dólares do País.  A "política monetária", que seria função do Banco Central e não seria onde o Ministério da Fazenda deveria se meter . A medida proposta pelo Ministério da Fazenda era cobrança de 3,5% de IOF, que induziria retenção dos investimentos especulativos no País.  O objetivo, também, era "aumentar a arrecadação de impostos" para tentar cumprir a meta da "política fiscal", se é que ela existe.  Diante da repercussão negativa da "Faria Lima", a tal medida não chegou a entrar em vigor. 


             Sem a intervenção do Banco Central, o que seria o normal, o dólar vai "flutuar" conforme a demanda e a oferta.   A percepção e a movimentação informal da Faria Lima, parece ter produzido o efeito desejado pelo "mercado financeiro".    Com o Governo que não tem "política econômica" e muito menos a "política monetária" afinadas com os objetivos do Governo, se é que existem no Governo do Presidente Lula.  Intervenção da Fazenda no mercado de dólares é anomalia!  Na dúvida, vocês vão se posicionando em dólar americano ou aplicar nos títulos do Tesouro com juros reais muito acima da inflação, para não perder o "poder de compra" das suas economias.


          Ossami Sakamori

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