Problemas na logística para exportações
A projeção da produção agrícola do País é de 328 milhões de toneladas de grãos, neste ano. A soja, principal item cultivado aqui, contribuirá com um volume recorde de 167 milhões de toneladas. Mas as boas notícias param por aí. O Brasil conta hoje com espaço para guardar apenas 211 milhões de toneladas, o equivalente a 64% da colheita total prevista para 2025. Diversos fatores alimentam essa defasagem, segundo o setor. A falta de previsão do Governo para o setor produtivo brasileiro e a falta de estrutura e do planejamento do Governo federal, apesar de setor agropecuário representar "saldo positivo" no comércio exterior. Ainda assim, o setor agropecuário, empresarial, no Governo do Presidente Lula não tem merecido atenção. Enquanto o MST tem participado de diversos Fóruns organizados pelo Governo Lula e de participações em viagens presidenciais, como prioritários.
Para fazer comparação com os Estados Unidos, aquele país produziu na safra passada, de 2023/2024, 389,6 milhões de toneladas, sendo a produção de milho respondendo por 124,70 milhões de toneladas. Os Estados Unidos são, historicamente, os maiores produtores de grãos do mundo, em sua maior parte para o consumo interno, seja para o consumo humano e parte para sustentação da pecuária. Assim sendo, pela tradição, a Bolsa de Mercadorias se situa em Chicago baliza as cotações de commodities agropecuários.
Voltando ao assunto do Brasil, a escala crescente de aumento da produção, se esbarra em logística, mais do que pela capacidade produtiva do setor privado. A região sudeste e sul, escoam produção via portos de Rio Grande, Itajaí, Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro e Santos, sobretudos. O problema de escoamento de produção com destino ao exterior, sobretudo para a China, esbarra na logística de "armazenamento" e de "transporte", sobretudo da região Centro Oeste, grande produtora de grãos.
Uma boa parte do escoamento dos grãos é feito pelo Porto de Santarém, no Estado de Pará. É aqui é que acontecem os problemas, por falta de infraestrutura portuária, adequada ao volume de escoamento. As rotas utilizadas, basicamente, são a BR 163 para o porto de Miritituba, PA e hidrovia Porto Velho - Miritituba, ainda no Rio Madeira.
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