Lula no Japão III - epílogo
No seu primeiro dia de visita oficial do Presidente Lula, o casal presidencial foi recebido, como manda o protocolo oficial pelo Imperador de uma grande nação, o Japão, denominado de "nihon" ou "nippon", informalmente, pelos habitantes daquele país. É preciso entender ao menos a história recente da península denominado de "nihon", que se escreve em ideograma japonesa, "ni" do "sol" e "hon" do "fundamento", para entender tanto "formalismo" no ritual adaptado aos tempos modernos.
Fazendo o breve relato sobre o Império do Japão, no período mais recente, denominado de "Dai nipon teikoku" ou simplesmente "Grande Império Japonês", mais conhecido entre nós como Império Japonês, foi o "estado nação" o término da II Guerra Mundial, onde se rendeu aos Estados Unidos em 2 de setembro de 1945. Desde então, a Constituição japonesa, prevê a família imperial como "símbolo do Japão", condição imposta pelo comandante do Exército americano, general Douglas Mac Arthur (1980/1964), após a bomba atômica lançada sobre cidades de Hiroshima e Nakazaki, onde ceifaram vida de cerca de 140 mil civis.
Sobre e vida do casal imperial, Naruhito e Masako, ambos formados na Inglaterra, em Universidades voltados aos filhos de diplomatas. Ironicamente, a sucessão se fará, seguindo a tradição japonesa, aos filhos homens. Como o casal imperial, Naruhito e Masako, só tem uma filha, assim, o príncipe herdeiro é o irmão mais novo do Imperador, ritual já previsto pela Casa Real e pelo Parlamento japonês.
No entanto, como em maioria dos reinados, o "imperador" representa apenas o "símbolo da unidade nacional", porém, quem administra o Governo japonês, é o Primeiro ministro, eleito pelo Parlamento, onde o atual Primeiro ministro, é do Partido Liberal Democrático, no poder desde a II Guerra Mundial, com brevíssimo período pelo partido da oposição. Talvez, o progresso e desenvolvimento esteja calcado no domínio do PLD no Parlamento japonês.
Com tamanha história e tradição do povo do oriente, um dos principais aliados dos Estados Unidos, seria exigir muito de um presidente da República, analfabeto funcional, tentar tirar uma foto "abraçado" ao imperador da terceira maior economia do Mundo, disputando o lugar com a Alemanha. A essa altura dos acontecimentos, da política internacional, fica um sentimento de "orgulho" do nosso País, o Brasil, que acolheu os imigrantes japoneses e um misto de "vergonha" pelos arroubos e da "ignorância" do Presidente Lula e ao mesmo tempo, ter a "convicção" de que o Brasil é um país do futuro, disputando a posição de oitava economia do mundo global. Tomara que ainda em vida, possa ver o acontecimento.
Ossami Sakamori
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