Trump e Putin, a mais nova parceria
Nunca imaginei que, pudesse testemunhar, virtualmente, uma cena como a do topo desta página, Putin e Trump do mesmo lado da mesa de negociação, no caso no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Refiro-me aos Estados Unidos e a Rússia, duas potências políticas do mundo moderno, até então, em disputa, em tese, do poderia militar, medido em número de armas nucleares de longo alcance.
O "pivô" da aproximação entre duas potências militares, respeitando as posições dos demais países do planeta, é o conflito entre Ucrânia e Rússia, que hoje, completa exatos três anos. O motivo principal desta aproximação é pela "recusa" do presidente ucraniano, Wolodymyr Zelensky, ator de profissão, em sentar-se à "mesa de negociação" sobre o conflito em território, supostamente "neutro", a Arábia Saudita, há poucos dias.
Para entender melhor o triângulo, Rússia, Estados Unidos e Ucrânia será necessário recordar que o presidente democrata, Joe Biden, tinha feito "opção clara" de apoio ao Zelensky, de que lado estava os Estados Unidos. Durante o governo do presidente Biden, os Estados Unidos teriam desembolsado ao menos a expressiva soma de US$ 135 bilhões, equivalente em moeda brasileira, a cerca de R$ 1 trilhão, em ajuda financeira, sem contar com a ajuda militar, como foguetes de última geração, via Polônia, sob "guarda chuva" do OTAN, do qual os Estados Unidos, até então, era o principal financiador. Diante da recusa, sistemática, do presidente ucraniano em sentar-se à mesa de negociações, fez com que as duas maiores potências bélicas, excetuando a China, fosse forçados a aproximação entre duas potências nucleares, antes de lados opostos.
A aproximação entre Rússia e Estados Unidos, faz do "bloco informal", uma cooperação econômica e financeira, o maior "bloco comercial" entre as duas potências mundiais, desiquilibrando, a configuração do "mapa econômico" global de até então. Dentro do mesmo contexto, o Brasil perdeu oportunidade de ser uma peça importante na geografia política e econômica global, por completa "ignorância" e "inabilidade" do Presidente Lula.
O presidente Donald Trump, com sua perspicácia e esperteza, sabe que em se associando ao presidente Putin, no conflito entre Ucrânia e Rússia, poderá, no futuro, ter acesso à uma vasta reservas minerárias da Ucrânia, de metais nobres, as denominadas "terras raras", dentre os quais o "titânio", metal raro na natureza e essencial para uso em aeronaves espaciais e armas de defesa militar.
Na outra ponta, o Zelensky, após procura de apoio militar, para substituir o apoio da OTAN, aliada dos Estados Unidos, declarou-se, ontem, que estaria disposto a deixar a presidência do seu país, após 3 anos de sofrimento para a população ucraniana. Na política, tanto faz, na Ucrânia ou no Brasil, o "povo" serve "tão somente" para atender as vaidades pessoais dos seus dirigentes.
Ossami Sakamori
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