Compre dólar americano!

Já estamos adentrando no mês de fevereiro, no entanto, o "relatório preliminar" do Orçamento da União, aprovado pelo Congresso Nacional no apagar das luzes de 2024, ainda, precisa ser votado na sessão conjunto das duas casas legislativas. O Congresso volta do recesso parlamentar no próximo dia 1º, com definição das mesas diretoras das duas casas e nomeação das Comissões temáticas.   E, hoje, tem reunião do COPOM do Banco Central do Brasil,    que irá definir a taxa básica de juros Selic, a vigorar nos próximos 45 dias.  É a primeira taxa Selic do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, nomeado pelo Presidente Lula.

            No relatório preliminar que vai à votação em seção conjunto das duas casas do Congresso Nacional, que fixa as receitas e as despesas deste ano, 2025, o Orçamento Público federal está em R$ 5,866 trilhões.  Deste total, R$ 1,655 trilhão vai para o "refinanciamento" da dívida pública federal. Sendo que o montante previsto para o "refinanciamento" da dívida pública, significa tão somente para o efeito contábil no Orçamento da União.  Para efeito contábil, o texto a ser aprovado, o Orçamento, prevê crescimento real de 2,64% no PIB, passando o valor nominal do PIB para 2025, em R$ 12,382 trilhões.    Para efeito do Orçamento Público de 2025, a estimativa de inflação acumulada para o ano foi considerada em 3,3%, ligeiramente acima da meta do Banco Central que é de 3%, com tolerância de 1,5% para cima ou para baixo.   O valor da moeda americana, o dólar, US$, está previsto em R$ 5,19, em média para o ano de 2025, para efeito do Orçamento Público.  Nota-se que a previsão do valor da moeda americana, neste início do ano, já ultrapassa ao valor médio de R$ 5,80, muito acima da previsão média de  R$ 5,19.

             Os números previstos na LDO parece uma "ficção econômica" ou para o "inglês ver". Todos agentes econômicos sabem, pela tradição, de que as previsões econômicas do Governo, vai modificando ao bel prazer da conjuntura econômica global, como a posse do novo presidente americano, o Donald Trump, que promete revolucionar a economia doméstica, a americana, com taxação de produtos importados, numa média de 25%, com sérias consequências para o mundo global.  Dentro do novo contexto global, o Orçamento Público federal de 2025, já é uma peça nati-morta.   De toda forma, o Governo Lula deve seguir rigorosamente o Orçamento Público federal a ser aprovado nos próximos dias pelo Congresso Nacional, sob pena de "perda de mandato".   Muitas "gambiarras" serão feitas no decorrer do ano, podendo terminar em perda de mandato, como ocorreu com a Presidente Dilma, PT/MG.

 

               No final do dia de hoje, saberemos a nova taxa Selic que deverá vigorar nos próximos 45 dias.   O mercado financeiro espera taxa básica de juros Selic de 13,25%, com expectativa de terminar o ano em 15%.  O aumento da taxa Selic, muito acima da inflação, é justificado para "segurar" e ou a "fuga" do capital especulativo às suas origens e para o Brasil não perder fonte de financiamento da rolagem de sua dívida pública, para com o "capital estrangeiro", como sempre fez e sempre faz.   Hoje, com a posse do novo presidente americano, tem um componente adicional que é o "efeito Trump", que pode mudar o rumo do mercado financeiro internacional.

              Na dúvida, continue fazendo a sua reserva em dólar americano, US$, adquirido em casas de câmbio oficiais ou em instituições bancárias tradicionais.  Nada de investir em moedas alternativas, cujos intermediários, em muitos casos, dão "calotes", por estar em mercado financeiro, sem supervisão do Banco Central do Brasil.

                Ossami Sakamori