Brasil x Estados Unidos
Diplomacia brasileira está no chão. Não precisa ter conhecimento sobre relações bilaterais ou multilaterais entre os países, para entender que, no episódio da ascensão ao poder, do empresário e republicano Donald Trump à presidência dos Estados Unidos da América, a democracia mais longeva do planeta, o Presidente da República do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, em total desprezo e consideração, cumprimentou o novo Presidente americano, através de mensagem de felicitações e de apoio, postada na rede social, tal qual um relés mortais cumprimenta um amigo em alguma comemoração, pelas redes sociais. Em poucas palavras, o Presidente Lula, por "descuido" da assessoria ou de "propósito", quis diminuir a grandeza do evento, significativo para maior economia do planeta. Isto, mostra, mais uma vez, quão pequeno é a diplomacia brasileira.
Vamos lembrar que os Estados Unidos é a maior economia do mundo, respondendo sozinhos, com o cerca de US$ 27,36 trilhões em 2023, correspondente a cerca de 26,1% do PIB global, enquanto o Brasil responde por US$ 2,19 trilhões, disputando a 8ª posição da economia global com o pequeno país, a Itália. Além de tudo, o Brasil mantém pauta de exportações para a maior economia do mundo em cerca de US$ 40 bilhões, em 2024, um número nada desprezível para um País carente de recursos externos para seus projetos de expansão da economia.
Não é porque o País sediou a Conferência Econômica do G20, obedecendo esquema de rodízio dentre os membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que o Brasil se tornou gigante na diplomacia global. A próxima presidência caberá a África do Sul, ainda este ano, cuja conferência deverá ocorrer naquele país. De igual forma, o Brasil sediará, na cidade de Belém, no mês de novembro próximo, a COP 30, que tratará da pauta ambiental, também, no "esquema de rodízio" coordenado pela ONU.
A parceria comercial e financeira para com os Estados Unidos é extremamente importante para o Brasil, na medida que os capitais estrangeiros com poder decisório se encontra em Nova York, que fazem pesados investimentos diretos e de investimentos em forma de financiamento, cujo poder decisório está na capital do Estado de Nova York.
Achei um grande desprezo por parte do Presidente Lula cumprimentar o Presidente americano, Donald Trump, pela posse ao cargo máximo da maior economia do planeta, através de simples postagem em "rede social". Para contrastar, em diversas ocasiões, o Presidente brasileiro já fez ligação "on line" para cumprimenta a algum evento de menor importância, aos dirigentes de países de menor importância política. Isto tudo, mais parece um tremendo "dor de cotovelo" do Presidente Lula em ver uma figura política global, na sua merecida comemoração. Infelizmente, para nós, o povo brasileiro, fica a "demonstração explícita" do "desprezo" de um país emergente à liderança inconteste da maior economia do mundo.
Ossami Sakamori
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