Brasil, quintal dos Estados Unidos
Até que em fim, no dia de ontem, 20 de janeiro, Donald Trump, 78 anos, tomou posse como 47º presidente da República dos Estados Unidos da América. Ele foi vitorioso enfrentando a candidata Democrata, até então, vice-Presidente de todos americanos. A posse que ocorreu em recinto fechado, no ginásio de esporte por estar com intenso frio e neve, atípica nesta época do ano. A festa foi transmitida pelas maiores redes de TVs do mundo, em especial, no Brasil pela CNN e pela BBC, em canais fechados.
A posse ocorreu dentro do previsto para esse tipo de ocasião, iniciando com homenagem ao memorial dos soldados falecidos nas Guerras Mundiais. No mais, seguiu o protocolo de praxe com "juramento" à Constituição da Republica, que foi promulgada em 1787, data da sua independência. A democracia americana é a mais longeva do mundo ocidental, por isso, o respeito que é dada à Constituição americana pelos países do Ocidente. Contrastando, com a nossa Constituição que é de 1988, com inúmeras reformas reformas promovidas pelo Congresso Nacional brasileiro.
Impressionou-me muito a homenagem prestada pela equipe de transição do novo Governo aos apoiadores da Campanha presidencial, que sagrou-se vencedora, enfrentando nada menos que a Vice-Presidente Kamala Harris, Democrata, 60 anos, com uma margem pequena. A eleição presidencial nos Estados Unidos, se processa de "forma indireta", com eleição de representantes de cada unidade federativa, no total de 50.
No ato seguinte ao posse como Presidente da República, Donald Trump, assinou diversos Decretos, prometidos durante a campanha presidencial, diante de uma plateia composta de centenas de apoiadores que lotava o recinto, o Ginásio de Esportes. Deu para perceber que o Presidente Trump, no momento da posse, deu maior valor aos seguidores da campanha do que recepção às autoridades estrangeiras, presentes ou não.
Vamos ao que nos interessa, até pela "ausência" de cumprimento formal do Presidente Lula, que dera apoio explícito à candidata Kamala Harris, na fase crucial da campanha presidencial. Oficialmente, Presidente Lula cumprimentou o Presidente Trump, via "rede social", pela posse como Presidente da República, num total "desprezo" ou "descortesia", esquecendo-se das boas normas da diplomacia para a ocasião.
A resposta ao gesto do Presidente Lula, veio na mesma altura da descortesia deste. O presidente Trump, afirmou que: "Não via motivo para o Brasil merecer tratamento preferencial", sobretudo no comércio bilateral. Em outras palavras, o Brasil terá que entrar na "vala comum", enfrentando as "taxações" do produtos exportados para os americanos, na média de 25% aos produtos, incluído os manufaturados e commodities. Lembrando que os Estados Unidos são os maiores produtores agrícolas do mundo, ultrapassando 600 milhões de toneladas, muito além da produção do brasileira, ao entorno de 320 milhões de toneladas, segundo últimos dados disponíveis.
Infelizmente, o Brasil se comporta como país do terceiro mundo, "cantando de galo" na hora inoportuna. E, assim, mais uma vez, o Brasil perde o "bonde da história", sujeitando a ser apenas um "quintal dos americanos" ou "chiqueiro" do Donald Trump. A nossa posição política e econômica, depende mais das nossas "posturas" do que que de posições econômicas, para fazer parte de ser um dos 7 maiores economias do mundo, o G7. O Brasil mais parece um "mendigo" esperando que algum transeunte lhe dê "migalhas" da sobra, mas, se comporta com muita "soberba". E, assim, vamos perdendo o "bonde" da história passando ao largo da nossa frente, por excesso de "soberba".
No entanto, o meu desejo de que o Donald Trump, coloque o Brasil como "parceiro comercial" para enfrentar o capital e produtos chineses. Pulamos de colo em colo, o Brasil, vem sendo usados como trampolim para desenvolvimento dos países do Oriente ou do Ocidente. Não adianta, o Presidente Lula, "via rede social", cumprimentar no Presidente Trump, clamando por parceria comercial, tecnológica e financeira. O Brasil continuará sendo o "quintal" dos Estados Unidos, por nossa incompetência.
Ossami Sakamori
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