Brasil, deitado eternamente ...


 O Presidente Lula anunciou formação de uma "joint venture" com os árabes dos Emirados Árabes Unidos para formação de uma joint venture para atuação na área de "mineração", com parceria prevista de R$ 15 bilhões, que seria apenas volume inicial de investimentos.  A área de mineração, requer investimentos pesadíssimos, fora de alcance e uma grande parte das empresas brasileiras.   Vale destacar a uma exceção, a empresa brasileira com forte participação dos Fundos de pensões nacionais e estrangeiras.

            
            Na ausência de uma empresa de mineração de porte no Brasil, com exceção da Vale, as companhias estrangeiras tem dominado cada vez mais, o setor de mineração no Brasil.   As terras brasileiras, uma grande parte é exploradas pelo agronegócio e reflorestamento, deixando uma grande parte para "reservas legais".  Pela legislação brasileira, o "subsolo" é da União.  Entenda-se como subsolo toda camada de terra ou rochas que estão sob superfície da terra.  No caso de exploração do "subsolo" é exigido, tão somente licença ambiental, respeitando a vida dos povos originários.


               Quanto mais tomo conhecimento sobre a mineração no Brasil, chego a triste conclusão de que o "subsolo" está sendo concedida  sua exploração às empresas transnacionais, como a canadense BHP, que recentemente fez incorporação do outro gigante na área de mineração, a Anglo American, para criar a maior mineradora de cobre do mundo.    


               A empresa Brazil Potash Co, desenvolve um grande projeto de fertilizante potássio no Brasil, na região denominada de Autazes, denominado de Projeto Potássio de Autazes, subposto à terra indígena de mesmo nome.   O projeto prevê uma colaboração entre o projeto a Companhia e a Comunidade indígena Mura, denominado de "Plano Bem Viver Mura".   Lembrando que o Brasil é grande importador de "potássio" para utilização na agricultura extensiva corporativa, para tornar os produtos agrícolas brasileiras competitivo no mercado mundial.


                Uma outra empresa, a canadense, desenvolve um projeto de mineração de "ouro" denominado de "Belo Sun", uma alusão à Usina Belo Monte, que se situa na margem oposta à da Usina hidroelétrica, no Rio Xingú.  Curiosamente, o projeto encontra barreira pela oposição dos povos indígenas da região.


                   Mais recente, o mundo global está despertando atenção a um novo tipo de minerais, as "terras raras", em função de uso intenso de baterias, cuja base é um outro mineral o "lítio".   Além do lítio, as terras raras que compõe de vários minerais distintos, sendo composto de 17 diferentes elementos químicos, da família de lantanídios, incluído o ítrio e escândio.  Em condições específicas, vem associado ao "diamante", razão pela qual a exploração manual é muito comum, causando danos ambientais e humanos irreparáveis.     Atualmente, a empresa australiana explora projeto de "terras raras" em Poços de Caldas no sul de Minas Gerais. 

         

                Estimava preliminar, o Brasil possui a terceira maior reserva de terras raras do mundo, com reserva estimado em 21 milhões de toneladas, ao lado da Rússia.   A China e o Vietnã são os maiores produtores das terras raras do mundo, com estimativa de reserva de 44 milhões e 22 milhões de toneladas, respectivamente.  


              Como diz o hino nacional brasileiro: Brasil é um país que tem riquezas que nenhum outro país tem e "deitado eternamente em berço esplêndido"... para o nosso azar.


                  Ossami Sakamori

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