A nossa moeda "real" perde o valor !

 

Já se passaram 26 dias do primeiro mês do ano de 2025 e não vemos nenhuma sinalização do que possa acontecer no País neste ano, à véspera de primeira reunião do COPOM do novo ano, que começa amanhã, dia 28 e termina na quarta-feira, dia 29, com esperada divulgação da taxa de juros básicos dos títulos do Tesouro Nacional, a Selic,  que hoje, está em 10,75% ao ano, para a nova taxa de 13,25% ao ano, na tentativa do Banco Central em conter a inflação, que mostra sinais de aceleração neste início do ano.  Neste mesmo período, o IPCA-15 acumula alta de 4,50%, no teto da meta de 3% variando em 1,50% para cima ou para baixo.

    

            Como disse o economista chefe da Nova Futura:  As coisas nunca são certas no mercado financeiro, elas só ficam claras depois que acontecem, mas, para 2025, as incertezas estão bem maiores”. Embora a afirmação do economista parece ser o "óbvio", a frase retrata bem o "espírito" dos investidores produtivos e especulativos no Brasil. 


          Para aumentar ainda mais a incerteza, as medidas econômicas propostas pelo novo presidente americano, o Donald Trump, com medida de taxação dos produtos importados, em 25%, na média, alimenta ainda mais a incerteza sobre o mercado doméstico brasileiro, atrelado sobretudo às receitas de exportações de commodities.   Dentro do contexto global, o maior importador de commodities do Brasil, a China, sofrerá com o ímpeto de taxação do presidente americano.


          Para completar a incerteza, na economia interna, o Governo Lula vem produzindo sucessivos "déficits primários", que são os recursos que faltam para pagar as despesas primárias do Governo federal, com seus 38 ministérios, um verdadeiro "cabide de emprego" para acomodar os interesses dos partidos de sustentação, mais do que a necessidade de aplicar os recursos dos impostos às finalidades que atendam os reais interesses da população.   O "déficit primário" de 2024, segundo o Governo deve ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.  Lembrando que no cálculo do "déficit primário" não inclui o pagamento de serviços da dívida pública.  Por mais que o ministro da Fazenda queira dar uma nova denominação para as contas públicas, de "arcabouço fiscal", elas continuam sendo as nossas velhas conhecidas "política fiscal", que, se negativo, costumo denominar de "rombo fiscal".


            É dentro deste contexto que o COPOM se reúne para definir a taxa básica de juros, Selic, para os próximos 45 dias.  Na minha opinião, o arbitramento da nova taxa básica de juros em 13,25% é um exagero, podendo, ao mesmo tempo, produzir os efeitos colaterais imprevisíveis, entre eles o próprio aumento da "inflação", num "efeito bumerangue" ou em ditado popular o "tiro saindo pela culatra".  


            A essa altura dos acontecimentos, incluindo as medidas protetivas do presidente norte americano Donald Trump, somado ao "desespero" do Presidente Lula em apresentar resultados "custe o que custar", com os olhos voltados para eleição presidencial de 2026, me espanta, profundamente.   O novo marqueteiro do Presidente Lula, já está ao posto, esperando "notícias boas" para passar aos meios de comunicações, devidamente aquinhoados com "verbas publicitárias" polpudas do Governo federal.


              Diante da situação, as minhas poucas economias serão canalizadas para o "dólar americano", oficialmente.   Infelizmente, a nossa moeda "real" perde o valor cada dia que passa !


              Ossami Sakamori

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