Somos todos palhaços !

 


Ontem, inusitadamente, o novo presidente do Banco Central do Brasil, tomou "posse" na função do comando da Instituição da República, que é responsável pela "política monetária" do País, no Palácio da Alvorada.  Em qualquer país, minimamente, democrático, o Banco Central é um órgão independe do Poder Executivo.    Mesmo na maior economia do mundo, os Estados Unidos, o FED ou Federal Reserve System, tem total autonomia na "política monetária", cujos membros dependem da aprovação do Congresso Nacional.    A autonomia do FED tem garantido a estabilidade da moeda, o dólar americano, US$.   Assim funciona nos países cujas moedas são relativamente estáveis, como na Alemanha e no Japão, segunda e terceira maior economia do mundo.   

             

            A assinatura do "termo de posse" do Gabriel Galípolo como Presidente do Banco Central do Brasil no Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República, que não é comum,  passou-se a impressão, espero estar equivocado, de que a "política monetária" do Banco Central vai passar pelo "crivo" do Presidente Lula.   Perante o mercado financeiro internacional, isto vai refletir "negativamente", exatamente no momento em que há desconfiança dos investidores nacionais e estrangeiras, demonstrada nas últimas semanas com a "revoada de dólares" aos países de origem.

              

         O Banco Central, justamente, a nossa Instituição financeira, extremamente competente, que vem atuando fortemente no mercado de câmbio, "queimando" as Reservas internacionais, acumuladas ao longo de décadas, com muito esforço do setor produtivo brasileiro.   O Banco Central, através da sua "política monetária" vem mantendo o poder de compra da população, com inflação sob relativo controle, ligeiramente acima do teto da meta de inflação do COPOM, que está em 3%, podendo variar 1,5% para cima ou para baixo. O resultado é que a inflação está ao redor de 5%, acima do teto, com sinal de alerta para o Banco Central.

            

           Espero que o "termo de posse" do Gabriel Galípolo, seja apenas um ato para satisfazer a vaidade pessoal do Presidente Lula, de "aparecer na foto" de que ele é que está mandando na "política monetária" do Banco Central.    Espero, com toda "sobriedade", que eu esteja equivocado com o gesto do Presidente Lula, a da assinatura do termo de posse, seja apenas para produzir sua imagem para a grande imprensa brasileira.   Diga-se de passagem, fartamente aquinhoada com as verbas publicitárias. 

                

               Para cada picadeiro tem a plateia que "ovaciona" cada ato dos palhaços envolvidos.  Não preciso citar quem são os palhaços e muito menos quem são os espectadores.   Enfim, somos os "otários contribuintes" que mantém esses palhaços no palco do grande circo chamado Brasil.  


                  Ossami Sakamori

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