O mar não está para peixes!

 

Tem um ditado popular que diz: "O mar não está para peixes".  O Brasil se encontra nesta situação.  Infelizmente, qualquer cidadão do povo percebe que o País está no meio do ciclone, onde a calmaria só acontece no centro do Poder Executivo, inusitadamente.  O Presidente Lula está convencido de que o seu Governo é de sucesso absoluto, sem igual na história do País.

            Os sinais de crise estão aos "olhos vistos", só não enxerga quem não quer vê-los.  Para o Presidente Lula é conveniente mostrar à população esta falsa impressão da situação de "normalidade".  As notícias dão conta de que, o Presidente da República vai promover a última reunião ministerial do ano, para relatar as realizações positivas do Governo neste final do segundo ano do mandato, que se encerra em 31 de dezembro de 2026.

           O reflexo imediato deste "imbróglio" reflete na taxa de câmbio ou na cotação do dólar americano, que é referência mundial para trocas comerciais e de serviços.   O Banco Central, que tem sob sua responsabilidade a "política monetária", tem feito a sua parte, vendendo o "dólar" no mercado à vista, em leilões diárias e tem lançado mão, também dos títulos denominados de "swap cambial" com prazos determinados para liquidações em prazo curto, entre 60 a 90 dias.

          O Banco Central do Brasil, independente de quem esteja na Presidência da Instituição,  tem a flexibilidade em praticar a "política monetária" para manter o poder de compra da nossa moeda, o Real.  Felizmente, o Brasil possui "Reserva cambial" robusta, de cerca de US$ 360 bilhões, acumulado ao longo de décadas, grande parte devido à venda de commodities como minério de ferro e produtos agropecuários.

          Curiosamente, é o Banco Central com a sua "política monetária" que vai salvar a imagem do "Presidente trapalhão", na área econômica.   Nesses dois anos de mandato o Presidente Lula fez duras críticas à "política monetária" do Campos Neto, que está deixando o posto de Presidente do Banco Central.   O novo presidente,  Gabriel Galípolo, oriundo, também, do mercado financeiro e que já faz parte do BC, afirmou publicamente de que continuará com a "política monetária" adotada pelo seu antecessor.   O Presidente Lula, no meio da crise, precisará seguir fielmente a "política monetária", para "acalmar" o mercado financeiro devido aos pífios cortes no Orçamento de 2024 e LDO de 2025, ainda pendente de votação pelo Congresso Nacional.  Estas duas medidas estão sendo aprovadas pelas Casas legislativos neste undécimo tempo que resta no ano.  

           Enquanto permanece esta situação, o mercado financeiro, sobretudo o de "dólares" continuará agitado, sem um rumo definido.  No meu entender, continuar com posição de dólar, "comprada", é uma boa opção, no momento, para resguardar o poder de compra das economias de cada um de nós.

            Ossami Sakamori

 



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