Nem tanto a terra, nem tanto o céu

 

Hoje, de manhã, recebi de um amigo, que investe suas economias no "mercado financeiro", entre ações e renda fixa, igual como milhares de brasileiros, sobretudo da classe média, que faz suas economias renderem o suficiente visando o futuro, que as suas economias "corrijam" ao menos a desvalorização da moeda brasileira, que ironicamente, não é mais uma "moeda de metal" e sim, escritural, o saldo das suas aplicações em instituições financeiras.  As ditas moedas virtuais não são considerados "investimentos".

          Primeiro ponto: é errado confundir a situação de solidez do País baseados em administração dos recursos provenientes de arrecadação de impostos pelos governos de plantões, como é o atual Governo do Presidente Lula, eleito para mandato de 4 anos, que termina no dia 31 de dezembro de 2026.   O mercado financeiro nacional e internacional, sabe do que estou falando.   Do ponto de vista da macroeconomia, o "déficit público primário" ou o dinheiro que falta para cobrir as contas do primeiro ano do Governo Lula, em 2023, foi de R$ 230,535 bilhões.  É um número que preocupa, em muito, do ponto de vista macroeconômico.   O governo do Presidente Lula, teve que "tomar dinheiro emprestado do mercado financeiro" para cobrir as mais corriqueiras contas do Governo federal, não computando neste o valor do pagamento dos juros da dívida pública, cujo montante somava, no mês de setembro, em R$6,947 trilhões.   

            O futuro é incerto, mas, até este momento, o mercado financeiro está absorvendo os títulos do Tesouro Nacional, com remuneração à taxa Selic de 12,15% ao ano, para inflação anual corrente de 4,87%, para sobreviver às intempéries.  Digamos que o Tesouro Nacional, para rolar as suas dívidas, paga juros de "agiotas" nacionais e internacionais e os simples mortais se abrigam neles, os mesmos títulos do Governo federal.  

            Felizmente, o Brasil vem acumulando "reserva internacional" bastante robusto ao longo de décadas, que "em tese" garante a solvência dos seus títulos, o do Tesouro Nacional.   No dia 17 de dezembro, a reserva internacional em dólares, acumulada em décadas, estava em US$ 362 bilhões, aplicada em instituições financeiras como FMI e BID.  Diante da situação, "creditar ou debitar" a situação do Brasil, "tão somente", ao Governo do Presidente Lula é completamente equivocada, sob ponto de vista macroeconômico.

           O grave problema do Governo Lula é fazer "saque à descoberto" para pagar as suas contas cotidianas, da estrutura do Governo federal sem, ainda, contar com o pagamento dos juros da dívida pública.  O sinal de desconforto reflete diretamente na cotação do "dólar americano", com a retirada maciça pelos investidores produtivos e especulativos internacionais, com destino aos países de origem, para fugir do "país em risco", na concepção dos investidores.   

        Para nós, os simples mortais, é confortável ver que  o Brasil já vivenciou e sobreviveu a inúmeros "Presidentes soberbos e ou atrapalhados", mas, sempre superou as crises econômicas com a ajuda do dinâmico e atuante setor produtivo brasileiro, do qual fazemos parte.  

       Independe dos "desgovernos" de plantões, dos falsos "salvadores da pátria" e dos arautos "pregadores da insensatez", o Brasil sobreviverá com galhardia e lucidez, de sempre.   Acho surreal, Presidente Lula querer creditar a si próprio, os resultados positivos do seu Governo, esquecendo-se do suor, risco e trabalho do setor produtivo brasileiro. 

           Digo, eu, num momento como este:

           Nem tanto a terra, nem tanto o céu.

            Ossami Sakamori  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trump x Xijinping em final feliz ...

Deportação de brasileiros dos Estados Unidos

O que venha ser o DREX