Cada um no seu quadrado!

Ontem, último dia útil do ano, o Presidente Lula convidou o Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para uma reunião no Palácio da Alvorada, para tentar mostrar ao seu público e em especial ao mercado financeiro de que ele está no comando efetivo da situação.   A impressão que se passou ao público leigo é que, ele, o Presidente Lula que manda no Banco Central do Brasil.   Nem a Faria Lima e muito menos, o mercado financeiro sabe que é pura encenação do Presidente da República para o público cativo dele, os eleitores de baixa renda.

           No Brasil, em especial, mas em qualquer país do mundo segue uma "política monetária" global, adotado pelos Bancos Centrais para executar uma "política monetária" independente, que "em tese" cuida do poder de compra da sua moeda.  O Banco Central do  Brasil, que atua independente do Poder Executivo, pratica a "política monetária", através do COPOM, que em tese atualiza a "conjuntura econômica", dentro do cenário interno e externo, sobretudo, acompanhando de perto a "política fiscal" dos "governos de plantões".

         Em resumo, o COPOM estabelece a taxa básica de juros Selic, que vigora nos 45 dias, do intervalo de reuniões ordinárias, dentro das "premissas" da meta de inflação, a atual é de 3%, com margem de 1,5% acima a 1,5% abaixo.   A última ata do COPOM, indicou, sobretudo aos seguintes pontos:           

1. O ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed.

2. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes.

3. Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo, com destaque para a divulgação do PIB do terceiro trimestre, que indicou abertura adicional do hiato.

          Seja como for, a taxa Selic, não é determinada pelo presidente do Banco Central e muito menos, pela simples "vontade e interesse" do Presidente da República de plantão.   Uma coisa é Presidente Lula tirar foto com o Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, para mostrar aos seu "curral eleitoral", de que ele é o "senhor absoluto" das decisões nas áreas econômicas e financeiras do País.  Pelo contrário, falta ao  Presidente Lula determinar que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresente "superávit primário" ou ao menos, apresentar o equilíbrio na "política fiscal" do Governo, antes de se meter na "política monetária" do Banco Central.  

            Cada um no seu quadrado!

PS

O ministro Fernando Haddad, culpa as festas do final do ano pela instabilidade no mercado do câmbio.   Sobrou para Papai Noel !!! 

            Ossami Sakamori

             

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