Trump deixa aberto caminho para diálogo


No meio do "imbróglio" entre o presidente americano, Donald Trump e o Presidente Lula, o que se vê é uma disputa de "vaidade" entre partes.   Sobretudo ao presidente brasileiro, que preferiu "medir as forças" através da imprensa, invocando a sua participação no contexto do BRICS, uma associação informal entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.   Erra o Presidente Lula, colocando o "interesse político" acima do "interesse econômico", que afeta a população dos respectivos países, com exceção da Rússia que não tem nenhum alinhamento automático com nenhum dos blocos comerciais.


          Ontem, numa entrevista à imprensa internacional, o presidente Trump, considerado duro na negociação sobre as tarifas de importação com diversos países do mundo, incluindo e principalmente a China e a Índia, dois parceiros importantes no comércio global, além do Japão e da União Europeia.   Com os parceiros comerciais citados, as tarifas de importação aos Estados Unidos, foram definidos "em comum acordo", "vis a vis", entre os mandatários dos países ou bloco de países.


            Após a definição da tarifa de importação aos produtos brasileiros em 50%, a mais alta dentre os parceiros comerciais, com uma lista de 146 produtos excluídos da lista de exceções, que fora negociada pelos "importadores americanos", que os mesmos se preocuparam em manter o atual "status quo" para garantir o preço dos produtos aos consumidores americanos.   Ficaram fora da lista, as chapas de aços e alumínios, essenciais para as indústrias americanas.  


          É errôneo a afirmação do vice-presidente Geraldo Alckmin afirmar que as "tarifas foram negociados" por ele junto ao ministro do Comércio dos Estados Unidos.  Se é que a nova tarifa de 50% fora "negociada" pelo Governo brasileiro, pelo seu representado pelo Vice-presidente, Geraldo Alckmin, não caberia ao Presidente Lula contestar a lista de produtos onerados pelo presidente Trump.   No entanto, o Presidente Lula, continua mostrando a sua contrariedade, perante imprensa nacional e internacional.


           Dentro deste quadro, o presidente Trump, respondendo à imprensa que cobre a Casa Branca, de que atenderá a um telefonema do Presidente Lula, numa clara situação de abertura de diálogo, embora, extemporâneo.   Pelo que conhecemos do comportamento do Presidente Lula, ele não vai tomar a iniciativa de fazer a ligação e acabar de vez com o clima de constrangimento.    Cabe ao Presidente Lula, visando manter sua imagem perante o seu eleitorado, mas, prefere sair-se como "vítima" do que ser "amigo" do presidente da maior economia do planeta.    O setor produtivo brasileiro que "se dane" com as "novas tarifas" sobre as suas exportações aos Estados Unidos.   O que prevaleceu foi a manutenção da sua "imagem" de um Presidente da República que "confrontou" o presidente da maior economia do planeta.   


         À esta altura, leio o pensamento do Presidente Lula: "Os empresários brasileiros que se lixem", para não traduzir palavras mais "chulas".    E, assim, também, vai afugentando os investimentos produtivos do capital estrangeiro, avessos às guinadas políticas de um Presidente da República, independente do seu "matiz ideológico".     


             Ossami Sakamori 

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