Lula, o Pôncio Pilatus
O Presidente Lula disse ontem, dia 17, que a sobretaxa de 50% anunciada por Donald Trump aos produtos brasileiros é uma "chantagem" (sic) inaceitável. Na mesma fala, o Presidente da República criticou os políticos chamados por ele de "traidores da pátria" (sic) e disse que todas as empresas nacionais ou estrangeiras devem cumprir as regras do país. Não se sabe exatamente, de qual país ele se referia, se do Brasil ou dos Estados Unidos.
Não querendo defender o presidente americano sobre as taxas de importação impostas aos produtos "estrangeiros", para os americanos, o presidente Trump tem as suas próprias razões. O presidente Trump, já tem explicado desde o início, que quer as empresas estrangeiras "instalem" suas fábricas no "solo americano", criando emprego e renda para a população americana. Além do principal motivo, o presidente Trump quer zerar o "déficit primário" do Tesouro americano com a arrecadação da tarifa, manter o "poder de compra" da sua moeda, o dólar americano, US$. Ele está na posição correta ao defender os Estados Unidos, a primeira potência econômica do mundo.
O discurso do Presidente Lula é uma cópia fiel do discurso do presidente Trump, o de "criar emprego e renda" e manter o "poder de compra da sua população". Não saberia dizer, quem copiou quem. Quanto à crítica do sistema PIX, em uso universal no Brasil, ele chama atenção pela "fragilidade do sistema", que apesar da agilidade, não deixa rastros disponíveis a partir de terceira transação, facilitando o crime de "lavagem de dinheiro", "ocultação de patrimônio" e "crime organizado". Foi o que aconteceu no "roubo" de R$ 540 milhões da "Reserva do Banco Central". Na prática, o sistema PIX dificulta o apuração do destino final dos recursos.
Ao invés de adentrar na discussão sobre decisão de cobrança de tarifas de importações dos Estados Unidos, que seria "interferência indevida" do Brasil nos assuntos internos dos Estados Unidos, o Presidente Lula deveria estar defendendo perante o governo americano, a "redução" da tarifa de importação, como já fizeram os países como a China e a Argentina. O primeiro país com a taxa negociada de 30% contra 20% sobre as suas importações e o segundo com tarifas de importação dos produtos argentinos, de 0% a 10%. Do lado do Brasil, o vice Presidente, Geraldo Alckmin, mandou "carta diplomática" contestando as tarifas, inicialmente, previsto para entra em vigor no próximo dia 1º de agosto. Enquanto isso, os exportadores brasileiros, que vai de "mel de abelha", "manga", "álcool" e a carne bovina, vivem momentos de "tensão" e de "angustia".
Quem acompanha as notícias internacionais como eu faço, pode perceber que os principais parceiros americanos, como a China e Índia, já ajustaram as tarifas de importações e de exportações, em comum acordo. Estes principais parceiros comerciais, já ajustaram as tarifas de importações dos seus produtos. Enquanto, o Brasil, ainda está na fase de "bravatas" ou "retóricas".
Sem querer dar lição de diplomacia e nem tampouco sobre relações comerciais e financeiras internacionais, uma coisa é claríssima como o "céu de brigadeiro", que as "bravatas" só servem para o "público interno", o seu curral eleitoreiro, do que atender ao interesse público. Deve estar pensando o Presidente Lula, que o "agro negócio" que vá defender os seus próprios interesses, lavando as suas próprias mãos, num gesto de total covardia, tal como fez o Pôncio Pilatus, da tragédia romana.
Ossami Sakamori
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