Brasil no contexto do BRICS
Sem a presença dos principais chefes de estados membros do BRICS, ampliado, com a presença a mais importante, além do anfitrião Presidente Lula, do Primeiro ministro indiano, Narendra Modi, que estará em "visita oficial" a Brasília, amanhã, dia 8 de julho. A ausência notada do presidente chinês e do presidente russo, ao meu ver, terminou com apenas uma declaração formal, entre elas, destacando a participação do representante do G20, no Conselho de Segurança da ONU, uma reivindicação antiga do Presidente Lula.
É certo que, o Brasil, seja quem for o Presidente da República, não faz parte do grupo de decisões políticas no cenário global. Sem querer desmerecer, o meu País, o Brasil, a 10ª economia do mundo, está entre os países emergentes, que luta para entrar no grupo de países mais desenvolvidos do planeta, denominado de G7, os países que decidem, economicamente, a economia global.
Enquanto, os Estados Unidos, a maior potência econômica global, controla cerca de US$ 27,7 trilhões e a China com PIB próximo de US$ 18,8 trilhões. O Brasil neste mesmo contexto, apresenta PIB de cerca de US$ 2,7 trilhões, enquanto o PIB indiano é de US$ 3,91 trilhões. Podemos dizer que o Brasil, dentro do contexto global, é considerado um "país emergente". Buscar "holofote" é direito de dirigente de qualquer país, como pequeno, Ilhas Maldivas, com o PIB de US$ 4,8 bilhões. O nosso Presidente se enquadra nesta situação, buscando o "holofote".
A má notícia é que, diante do fortalecimento do BRICS, o Presidente Trump dos Estados Unidos, vai sobretaxar os países componente do BRICS em "10% adicionais" às tarifas já fixadas, anteriormente, para cada país membro. A intensão do Presidente americano é retomar o "controle do comércio global", além de manter a maior Forças Armadas do planeta, seguido pela Rússia. Dentro deste contexto, o Presidente Lula, que apoiou a democrata Kamala Harris na disputa presidencial, cujo cargo, hoje, é ocupado pelo Presidente Donald Trump, "diplomaticamente", está afastado dos Estados Unidos. O recente apoio ao Irã no conflito entre Israel x Irã, o primeiro apoiado pelos Estados Unidos, afasta cada vez mais o Brasil da maior potência econômica global.
Mesmo não entendendo da "geopolítica" do mundo, percebe-se, claramente, que o Brasil está navegando "contra correnteza" na economia global e sofrerá as consequências inerentes às decisões políticas impensadas. A última notícia é de que os Estados Unidos vão sobretaxar em 10%, "adicionalmente", os produtos oriundos dos países com adesão ao BRICS. Receio que o Brasil fique falando sozinho, num mundo cada vez mais global, para atender ao capricho e vaidade do Presidente Lula.
Ossami Sakamori
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