O efeito dominó ... na economia global
O cenário econômico internacional está, "aparentemente", mais calmo. Os principais índices de bolsas ao redor do mundo, está em ligeira recuperação, sobretudo pela "imposição" (sic) de tarifas aos níveis daquelas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Na minha opinião, as medidas anunciadas de "contrapartidas" às tarifas americanas, só ajuda o projeto do presidente Donald Trump. O presidente americano quer que os produtos importados pelos Estados Unidos se equiparem aos custos de produção dos seus produtos dentro do país, criando "emprego e renda" para o povo americano. Pela reação dos países em aumentar a tarifa de importação, só ajuda a viabilizar os produtos "Made in USA", que se tornarão competitivos, aquém fronteiras.
O objetivo do presidente Donald Trump é que as indústrias chineses e europeus, em especiais, montem suas fábricas no "solo americano", ao invés de produtos fabricados no solo chinês ou no solo dos países da União Europeia. Em resumo: O presidente americano quer que os automóveis Toyota, japonesa, Renault francesa e Byd chinesa sejam fabricadas ou montadas nos Estados Unidos, criando empregos no "cinturão de ferrugem", já comentado na matéria anterior.
No meio da instabilidade econômica global, os commodities estão operando no terreno "deprimido", com o preço do petróleo do tipo Brent, operando ao redor de US$ 65 cada barril, numa clara situação de economia ao caminho de "estagnação". Receio que os produtos exportados pelo Brasil, o minério de ferro e produtos agropecuários em cereais em grãos, sobretudo à China, sofram "deflação" de preços, prejudicando os produtores brasileiros.
O mundo global de leste a oeste, de norte ao sul, estão se posicionando no enfrentamento das novas tarifas do presidente norte americano, Donald Trump. Enquanto o Brasil, taxado em 10%, ignora a "transmutação" da economia global, com as últimas medidas anunciadas. Especula-se que haverá uma "recessão global" em pequena ou grande escala, menos nos Estados Unidos. Na conjuntura atual, o Presidente Lula e sua equipe econômica, não sabem que medida ou nenhuma medida a tomar diante da nova conjuntura econômica global, por ignorância ou por sabedoria.
Os analistas econômicos internacionais preveem o piso da cotação do petróleo do tipo Brent aos níveis de US$ 50 cada barril, referência mundial da situação da economia global. Enquanto isso, o petróleo extraído pela Petrobras é do tipo "pesado" ou WTI, de menor valor no mercado, por ser mais "viscoso". Ironicamente, o Brasil exporta o nosso petróleo, pesado e importa o petróleo leve das diversas origens, negociados na Bolsa de Nova York ou de Londres, por serem as refinarias brasileiras projetadas para refinar o petróleo leve, ironicamente. Até o petróleo chegar nas bombas de combustíveis, fez um belo passeio pelos mares do mundo.
Chego a pensar que à essa altura dos acontecimentos, na briga de "cachorros grandes", seria mais prudente se "acomodar como cachorro vira latas, num canto da ignorância" do que tomar alguma medida retaliatória, sem resultados. A única certeza que eu tenho é que a "recessão global" está batendo às portas do mundo. Precisamos crescer muito para podermos enxergar o mundo econômico de forma global e tirar a visão sobre o Brasil como país do "terceiro mudo".
PS: Continuem comprando a moeda americana, o dólar, nas casas de câmbio ou nas instituições financeiras.
Ossami Sakamori
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