Ní hao má ?
O mundo foi pego de surpresa pelo anúncio de novas tarifas impostas aos produtos importados pelos Estados Unidos e até o momento, hoje, domingo, dia 6, não há nenhum anúncio oficial dos países afetados, a não ser a China que vai adotar tarifa recíproca de 34% aos produtos importados dos Estados Unidos. A grande imprensa da Europa noticia que os países, em sua maioria, membros da União Europeia, estudam medidas a serem implementadas para compensar as recentes medidas dos Estados Unidos.
Enquanto o tempo corre contra o País, o Presidente Lula e a sua equipe econômica, "não sabe exatamente" o efeito da medida restritiva e "tão pouco sabe" quais medidas retaliativas a serem tomadas para tentar equilibrar àquelas anunciadas pelo presidente Trump, em 10% sobre os produtos importados do Brasil. O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, fez "vazar" à imprensa brasileira, que, nos bastidores, fez esforço para "segurar" a tarifa no nível mínimo. Até parece que o Governo brasileiro teve influência nas medidas tomadas pelo presidente americano.
O fato concreto é que a Bolsa de Nova York operou nessa sexta-feira, em "baixa generalizada", antevendo uma possível "recessão" nos Estados Unidos. O presidente Trump e sua equipe de assessores da área econômica, com certeza, deve ter levado em conta os possíveis efeitos negativos no primeiro momento, que eu como analista econômico, prevejo a "estagnação" da economia americana nos primeiros dois anos e crescimento sustentável na sequência.
Donald Trump é um empresário, magnata, do ramo imobiliário, conhecido por sua competência em ter acumulado fortunas incalculáveis, sobretudo no ramo imobiliário nos estados de Nova York e Flórida, que são medidos em US$ trilhões. De "bobo" ele não tem nada! Bobos são aqueles que imaginam que ele é um "tonto", como alguns dos líderes políticos sul-americanos pensam dele.
A consequência para o Brasil é mais indireta do que direta. É visível que a União Europeia resolva, aproveitando do episódio das tarifas dos Estados Unidos em 20%, resolva acelerar o acordo União Europeia x Mercosul, favorecendo o Brasil. Quanto à China, o Brasil já mantém os laços comerciais de exportações de "commodities" em contrapartida à importação de veículos automotores e equipamentos de telecomunicações. Dentro do novo contexto, a China deve acelerar o projeto ferroviário transoceânico, cujo traçado ainda está em estudo, que ligará o Atlântico ao Pacífico, sem passar pelo canal do Panamá.
Infelizmente, o Brasil, apesar de toda riqueza territorial, material e humano, só mudamos de "dominador" de oeste para "dominador" do leste. Pois, melhor ir acostumando com os novos cumprimentos de "How are you?" para um "Ni hao má?
Ossami Sakamori
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