Brasil se comporta como cachorro de estimação do Xi Jinping
Com o episódio da "guerra tarifária" proposta pelo presidente americano Donald Trump, que está causando "discussão" interminável ao redor do mundo, chego a triste conclusão de que falta ao Brasil, um Presidente da República que tenha visão de longo prazo sobre o País. Chego a pensar que é uma doença congênita a miopia dos sucessivos dirigentes máximos da República, de matizes ideológicas diversas, de direita à esquerda.
De repente, vi manchete nas redes sociais, o investimento em infraestrutura proposto pelo ministro da Infraestrutura, Renan Filho, a citação de uma "carteira" de obras de aproximadamente R$ 300 bilhões, dentre elas, investimentos em projetos ferroviários, entre os quais o Corredor Ferroviário Leste-Oeste. Para leigo, o valor citado possa parecer uma enormidade, mas, não é. O valor global chega a ser ridículo, para quem entende ao menos, um pouco, de infraestrutura.
Segundo os sítios de informações do Governo federal, em contrapartida, o Orçamento do Governo federal, prevê gastos no Programa Bolsa Família em R$ 158,6 bilhões e nos Benefícios de Prestação Continuada e Renda Mensal Vitalícia contarão com R$ 113,6 bilhões. Enquanto o Regime Geral de Previdência Social, consta como previsão, gastos de R$ 972,4 bilhões. Diante dos números dos gastos sociais, os valores previstos para "investimentos em infraestrutura", que são gastos pontuais e não repetitivos do Orçamento federal, chega a ser ridículo.
Os investimentos em infraestrutura, que inclui malha ferroviária, malha rodoviária, malha aeroviária e infraestrutura de cabotagem. Esta última modalidade de transporte, nem são citados como de infraestrutura, apesar de Brasil possuir portos de Manaus, porto fluvial, ao porto do Rio Grande no extremo sul do País, prontos para receberem cargas de granel ou de "containers". Mas, há que fazer obras de ampliação para receber os containers, cada vez mais utilizados neste tipo de transporte.
O Brasil, sem as infraestruturas adequadas, para cada tipo de cargas, em "grãos" ou em "containers", já é competitivo no mercado global, sobretudo ao extremo oriente, a China, imagine o País com infraestrutura de transporte de cargas como as dos países mais desenvolvidos do mundo, de leste a oeste, quão competitivo seriam os produtos brasileiros no exterior. Ao que se vê, são programas pontuais como aquelas ditas pelo ministro da Infraestrutura.
Enquanto isto, o nosso Presidente da República, "vira a mesa" sobre as tarifas do Donald Trump, como se alguém tivesse prestando atenção na fala do Presidente brasileiro, sobre as "tarifas de importação" arbitrado que foi no nível mínimo de 10% ao Brasil, a ser confirmado em 90 dias. Faltam ao Presidente Lula e dos presidentes precedentes, visão estratégica de longo prazo, contentando-se em apenas angariar a "aprovação" da população brasileira, para o seu projeto de "reeleição" em 2006. Enquanto isto, o Brasil comporta-se como "cachorro de estimação" do Xi Jinping.
Ossami Sakamori
Quanto tempo, dinheiro e desenvolvimento o país está perdendo!
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