Brasil à margem dos Estados Unidos

 



Este filme já vi em 2008, com a falência do Lehman Brothers, um banco de investimentos dos Estados Unidos, cujo episódio foi marcante na crise financeira mundial de 2008, que se espalhou ao redor do mundo, inclusive no Brasil.    O mundo, desde então, nunca mais foi o mesmo, com amarga experiência que se espalhou fora dos Estados Unidos.    O episódio ocorrido não faz tanto tempo, para cair no esquecimento do mercado financeiro global, cuja consequência se fez sentir na economia global, além da consequência desastrosa no mercado financeiro.   


           Vamos aos fatos presentes:  Desde a a posse do Donald Trump, em 20 de janeiro, as ações dos Estados Unidos viram "sumir" em US$ 9,8 trilhões de seu valor de mercado.  Somente em dois dias, após o anúncio das novas tarifas de importações pelo presidente Donald Trump, as ações dos papeis negociados na Bolsa de Nova York perderam mais US$ 6 trilhões.   Ao redor do mundo, as bolsas de valores, estavam acompanhando a desvalorização da Bolsa americana.   Não se sabe, ainda, o "fundo do poço".  

            

           Particularmente, o Brasil que sofreu a tarifa de importação dos produtos brasileiros em 10%, as consequências imediatas, são de pequena monta, uma vez que o "superávit comercial" dos Estados Unidos para com o Brasil, em 2024, foi de apenas US$ 7 bilhões de dólares.   Somados os bens e serviços, que estão fora das tarifas, o "superávit nominal" foi de US$ 28,6 bilhões no ano passado, 2024.   Brasil que vai ter tarifas de importações, em 10%, para o efeito do comércio internacional pata com os Estados Unidos, "não será expressivo", a não ser nos setores específicos de aço e alumínio.  


            As consequências ao redor do mundo, no entanto, são significativas, sobretudo as sobre os veículos automotores e de equipamentos sofisticados, complementares às indústrias de armamentos e equipamentos de últimas gerações.   À essa altura, cada governo deve estar debruçado em calcular as "novas tarifas respostas" sobre os produtos importados dos Estados Unidos.   


            O Brasil, sem ter uma "política econômica" consistente e muito menos uma "política industrial" e "comercial" delineados, as retaliações deverá ser de igual intensidade à tarifa americana, sem especificar quais setores e quais produtos.   Creio que, "como sempre", o Brasil vai recorrer à OMC - Organização Mundial do Comércio, uma "entidade acéfala" ou o que é muito provável, estabelecer "tarifas de reciprocidade" de 10%, encarecendo os insumos importados dos Estados Unidos.


            Muitas vezes, ser um país de "periferia" do mundo desenvolvido, tem as suas vantagens de "ser ignorado" pelos principais "players" do mundo global, nos momentos importantes e cruciais.    Não adianta em nada, à essa altura dos acontecimentos, o Presidente Lula, querer usar "bravata", que o Presidente Trump, a ignorará, tendo à sua frente enormes desafios nos próximos dias e nos próximos dois anos, ao mínimo.  


            Ossami Sakamori 

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