Nota 10 para Daniel Galipolo


 

Há uma expectativa por parte do mercado financeiro, em especial, sobre a taxa básica Selic que deverá ser decidido pelo COPOM do Banco Central, na reunião dos dia 28 e 29 deste mês.   A expectativa maior está na tentativa do Presidente Lula em tentar influir na "política monetária" do Banco Central, chegando a assinar o termo de posse no Palácio da Alvorada, como que ele tivesse ascendência sobre decisões do novo presidente do Banco Central.    O Presidente Lula, tentou inúmeras vezes, via meios de comunicação, tentar influir na taxa Selic, com total "insucesso".


                Antes de mais nada, em todo o mundo ocidental, o Banco Central de cada país ou do bloco de países como União Europeia é independente.  O maior exemplo da independência é o FED - Federal Reserve System, o Banco Central americano, cujo atual presidente da Instituição é o Jerome Powell, cujo segundo mandato de 4 anos termina em março de 2026.  Nem o  recém eleito, o poderoso Donald Trump, que toma posse no próximo dia 20, tem o poder de "trocar" no meio do caminho.   Talvez e é provável que o dólar americano é referência mundial nas trocas comerciais e nas transações financeiras.


             Feito o esclarecimento preliminar sobre os Bancos Centrais do mundo global, vamos ao possível e provável atos do presidente recém empossado, Gabriel Galipolo.  Consultando as informações disponíveis no Google, o novo presidente do Banco Central, foi sócio-diretor da Galipolo Consultoria.  Na área pública, o economista já trabalhou na assessoria econômica da Secretaria de Estado dos Transporte Metropolitano de São Paulo.  Ele foi indicado pelo Presidente Lula, sendo funcionário de alto escalão no Governo Lula.


              Ele, Galipolo, com o curriculum respeitável, tido como profissional competente na área financeira, 42 anos, com a vida profissional ainda a trilhar, quando deixar a presidência do Banco Central, não vai "expor" o seu currículo profissional à mercê de interesse político do Presidente Lula.   Galipolo não vai se sujeitar, eu creio, a ser um mero "capacho" do Presidente da República.  Só o Senado Federal, em tese, teria a força de "cassar" o seu mandato de presidente do Banco Central.


           Quanto à nova taxa Selic a ser definido na reunião do COPOM, neste final do mês, o mercado financeiro "aposta" na nova alta da taxa Selic, em 0,5%, passando para 12,25%, conforme o comportamento da inflação no período, que está configurando, neste momento, acima do "teto da meta", de 4,5% ao ano.   O centro da meta de inflação do Banco Central é de 3%.  


              Espero que o Presidente Lula, se comporte no "seu quadrado" e não dar "palpite" na "política monetária" do Banco Central, cuidando do seu próprio "galinheiro" mantendo a "política fiscal" em equilíbrio, o que não vem ocorrendo desde o início do seu mandato.   Felizmente, até este momento, o Banco Central do Brasil vem agindo com a independência e espero que continuará agindo assim para merecer respeito da comunidade econômica/ financeira global.


            Nota 10 para o Daniel Galipolo !

    

            Ossami Sakamori           

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